quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Campeão ou não, tu és minha paixão

Corinthians 100 anos de história. Um time chegar a 100 anos já é um feito. Não há obrigação de nada mais do que em qualquer outro ano, além de comemorarmos ainda mais o prazer e significado de sermos Corinthianos.
O Corinthians tem uma história peculiar, foi um time formado por trabalhadores, tanto como dirigentes quanto jogadores e torcedores. Sua fundação, e mais ainda, seu desenvolvimento, foi, e ainda é, uma afronta às classes dominantes. O Corinthians foi usado politicamente em benefício da ditadura militar e nasce a Gaviões para se contrapor a isso. A torcida cresce no período da fila de 23 anos sem título. Somos o time do povo literalmente. E isto incomoda! Quando surge a possibilidade da construção de um estádio Corinthiano na periferia da cidade de São Paulo, vemos críticas de moral burguesa e preconceituosas, não contra os corinthianos, mas contra os pobres (que em sua maioria são corinthianos).

Acontece que nos último período o Corinthians que sempre foi um time do povo, representando por existir a luta de classes ante a ideologia dominante, passou a usar dos ideais desta ideologia para poder superá-la. Nosso erro. Acabamos em negociatas, politicagens, endividamento do clube, enriquecimento de alguns.

No Corinthians não importa ser campeão a todo custo, importa ser campeão pelos nossos esforços, raça. Se não formos continuaremos em luta.

O Corinthians faz 100 anos e isto já é importante demais. Se ganharmos o campeonato fazemos mais festa, senão continuaremos em festa e luta para colocar o Corinthians, de novo, nos trilhos de sua história.
"Ser Corinthiano é ir além de ser ou não ser o primeiro, ser Corinthiano é ser também um pouco mais brasileiro"

Vai Corinthians!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Sobre método e a Universidade

Desde fevereiro deste ano voltei a estudar na universidade, comecei novamente o curso de pedagogia. Durante o tempo que não estava nos estudos formais, estudei muito!!! Tive a sorte de participar de bons cursos e de conhecer gente muito inteligente.
Acontece que estamos lendo no curso de pedagogia, neste semestre, Vygotsky e Wallon e estes caras se dizem materialista e dialéticos. Isto quer dizer que é uma forma diferente de estruturar o pensamento e assim analisar a realidade. Nosso pensamento esta estruturado de forma idealista e formal, por conta de nossa sociedade baseada em valores burgueses.
Assim fica que para ler estes autores, e muitos outros, é preciso entender como se constrói seu pensamento.
Nas aulas que tenho fui perguntando para os companheiros se sabiam o que era materialismo dialético. Ninguém sabia.
Fica a pergunta, como posso, numa universidade que se diz de qualidade e etc, entender estes caras se não sei nem que existe outras possibilidades de se estruturar o pensamento. As pessoas tem dificuldade de entender o que estes autores dizem, e não sabem que é uma outra estrutura. Seria muito melhor se conseguíssemos estudar na universidade, deveria ser matéria obrigatória do primeiro semestre.
A casa do saber, por ser representativa dos conhecimentos da classe dominante, esta também exercendo sua função na luta de classes, limitando as possibilidades de construção de conhecimento.
Pra quem gostaria de estudar método, procurem pelo Luis Escape, do núcleo 13 de maio de educação popular.