segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Corpo

La iglesia dice: El cuerpo es una culpa.
La ciencia dice: El cuerpo es una máquina.
La publicidad dice: El cuerpo es un negocio.
El cuerpo dice: Yo soy una fiesta.

(Eduardo Galeano)

terça-feira, 14 de agosto de 2007

vou te amar
pelos teus vãos
e desencontros no topo.

Escorrego por cachos pretos
à procura de seus olhos de amêndoas.
Tateio todo seu tato.
Dos montes pessegais,
aos cipós sub umbigais, onde esconde-se
a gruta dos prazeres ocultos.
Adormeço e passo dias, ali, tempo e espaço se
confundem com corpo.
E corpo... Ahhhh corpo!
Espaço/tempo saboroso.

(Nica Maria/ aSg)

Para minha mãe

Dos nos de 30
Já foram passados.
Num tempo de cão,
Pra um dos lados.
Os olhos de novo,
Aparecem colados.
Sonhos e intenções
Antes guardados,
Voltam à nostalgia
Das mentes e poros calados.

Tudo que é opção
Despoca no ar.
Mosquitinhos nos olhos
De baixa pressão,
Sublimam-se em altar.
Límpidos, céticos, canção.
Por caminhos onde vagar
Encontrar-nos-emos
Em sonhos renovados,
Com a mesma força do
Que antes jorrava por nossos lábios.

(aSg)
Sei quem sou pois sou quem erra.
Ontem, hoje, e amanhã de manhãzinha
às 8 horas da matina. Quando o céu, mais calmo sorrir em azul e o único estrondo seja das águas em brincadeira na areia, talvez meu peito desabe sobre as pernas e elas novamente me carreguem para um lugar seguro.

(aSg)
e a máscara se transforma
hora em outro eu outro hora.
lágrimas marcam-me mil vezes lágrimas
máscara pele do barro oco.
olhos inchados contornam a miragem
que se faz ali adiante.
estrondo no corpo vão.
medo. mistérios. solidão.

(aSg)

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Grafitto

teu nome no muro que trama
meu amor.
Aviso:
lei que prende,
que solte o meu amor.
Se solte.
Me solte.
Grafitto
teu nome em peito rasgado,
corpo que manca em tempo suado.
Meu amor
Se Solte.
Me solte.
Grafitto
teus nomes no vento espalhado
nos mundos que sou.

Sou Homem, filho e avô.
Gema, carcaça de cigarra,
sementes de alecrim.

Sou cultura de um homem só,
na boca de um povo mudo.

Sou vontade de ser e estar
em lagarta listrada na Bandeira
encharcada de ausência do nome teu
levado pelo vento enroscado no meu.

Grafitto
Posse de ausências.

(Renato Gama/aSg)

Som

Som de bamba
Bambú.
Sonora canção
do vento do sul.

Raízes voando,
vem gente sambando
na força de festa,
se afoga e apega.

Corrompe o ruído,
é mar de gente,
som e sentido.
No beco da lama
boca nas mamas.

(aSg)